31 de jan. de 2008

Lagos - A CIDADE DE GENTE PEQUENA!

Lagos a cidade de gente pequena.
Não é um texto fácil de escrever nem de ler. Mesmo assim arrisco a publicar o que me vai na alma. Talvez seja injusto nas para algumas pessoas, mas no geral esta é a minha opinião sobre a cidade, pessoas e líderes que temos tido e continuamos a ter. Sei que irei ser criticado, espero só que quem ler, perceba que o que escrevo é mais que uma crítica. É um pedido de mudança! Mesmo eu talvez me encaixe em alguma situação que referirei.
Somos uma cidade tipo picuinhas. Gostamos de falar dos outros, é só dar de costas. Somos invejosos, não gostamos de ver o amigo bem. Reunimo-nos em grupos e vamos cortando em quem passa na rua. Falamos da pessoa, da família, da profissão em tudo o que possamos pegar para escarnecer. Preocupamo-nos se o jardim do vizinho é mais verde que o nosso, ou se comprou um automóvel novo, ou até um par de cuecas. Preocupamo-nos muito e fazemos pouco para igualar o vizinho que está melhor que nós. É bem mais fácil puxa-lo para baixo. Somos amigos da expressão, “coitado no fundo é um bom rapaz”. Se esse mesmo rapaz vingar, passa de coitado a convencido e tem de voltar a ser coitado.
Andamos há anos a dizer que Portimão não presta e Albufeira é má. A isto chamo um sindroma de inferioridade e que não admite que a cidade está uma vergonha. Em Portugal também se dizia, “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”…(veja-se onde está Espanha) é cultural, mas em Lagos ainda está enraizado, daí sermos uns pobres coitados sem expressão no Algarve e muito menos em Portugal. Temos a ideia que sabemos tudo e que o resto não presta.
Vejamos onde está Espanha, quarta potência Europeia e Portimão, segunda cidade algarvia (eles é que estão mal).
Portimão conseguiu o Dakar, o Sacha, o Nickie Beach, etc..
Nós como sempre estamos a léguas, mas como não gostamos de ficar atrás, fizemos um Nickie Beach na Meia Praia. Sem comentários. Devíamos ter vergonha. Mais vale estar quieto.
Politicamente estamos sempre a milhas. Tivemos um Baptista, um Valentim e agora um Barroso. Farinha do mesmo saco. Deixaram a cidade no estado que está, não são dinâmicos, ultrapassados, mas queremos insistir nas personalidades.
Até Portugal já optou por um tipo novo para 1º Ministro, vide Inglaterra com Blair, Espanha com o Aznar. Casos de sucesso de gente nova, e que sabemos o que fizeram pelos respectivos países.
Nós em Lagos não, queremos mais do mesmo, tipo velhos jarretas. Assim já sabemos com o que contamos e podemos continuar com conversas de alguidar, e a ter sempre que dizer, como por exemplo, “esta cidade não anda”.
Quando se diz que não existem alternativas, a situação ainda é mais preocupante.
Quer dizer que a nossa sina é continuar a ser…
Uma cidade de gente pequena para gente pequena, porque são as pessoas que fazem a cidade, incluindo eu…

4 comentários:

ND disse...

primeiro pensamo-nos e arrumamo-nos e só depois abrimos a porta de casa e saimos lá para fora dispostos a pensar e arrumar outras coisas. Começar de fora para dentro dá sempre muita nanha emocional e pouco de escorreito e racional. O pior que se pode desejar a uma cidade é uma cambada de imbecis histéricos e amargurados pelas ruas.

Anônimo disse...

A alternativa existe e tem nome: chama-se Nuno Marques.Ponto!

vieira calado disse...

Obrigado pelas visitas aos meus blogs.
Saudações.

Anônimo disse...

E a alternativa é quem? Nuno Marques? Não brinque comigo.