30 de abr. de 2008

Lagos com direito ao Sonho?


Caros amigos, por motivos vários, profissionais e de outra ordem, não me tem sido possível escrever sobre os assuntos da nossa cidade.
Não que tivesse muitos leitores, ou fieis acompanhantes, era para mim uma honra ser lido por aqueles que algum interesse demonstraram nos escritos que publiquei, presenteando-me alguns deles com comentários aos posts. Uns concordando, outros discordando, mas a vida é mesmo assim. Mesmo assim para alguns… Mas já lá vamos…
Há muito que digo que a nossa classe política em Lagos está pela hora de morte.
Resume-se a Júlio Barroso, Nuno Marques, oficinas, famílias, bebedolas e tiros para o ar.
Fazem-se panelas, cozinham-se tachos, fazem-se obras para inglês ver, e destroem-se as poucas coisas belas que temos.
Vemos uma cidade estagnada no tempo, sem investimentos de futuro, e pior que isso, sem uma visão de futuro.
Que motivos damos às pessoas para visitarem Lagos? Que motivos têm as pessoas para viverem em Lagos ou acreditarem que Lagos tem um futuro.
Ficamos alegres com um Intermarché e um Modelo? Chegou o desenvolvimento…Não acham Curto?
Ok, temos as praias e o sol? Perdemos as bandeiras azuis, por esquecimento ou incompetência isso não interessa.
São sucessivos tiros nos pés. Com Portimão tão perto e agressiva no Marketing, Lagos qualquer dia é freguesia de Portimão.
Já agora, quem é que pensa estrategicamente Lagos ao nível de Marketing? Quem pensa Lagos estrategicamente para o futuro?
Será que Júlio Barroso tem capacidade para desenvolver um projecto para Lagos de Futuro?
Será que tem conhecimentos, ou está rodeado por pessoas formadas com essa finalidade?
Será que é com Lagos artificiais, casas em cima das falésias e afins que mostramos as mais valias da nossa cidade?
Será que se vai continuar a pensar em Lagos para 4 anos, para o voto, para as amizades e assim sucessivamente?
Isto para dizer que continuamos a perder tempo com questiúnculas sobre o 25 de Abril, das actas da Câmara, e dos copos que o outro bebe, o tal do diz que disse…
Ninguém discute projectos de monta, que nos façam sonhar. Mantêm-nos a discutir a bruma.
Quanto ao Sr. Júlio Barroso, para esse o 25 de Abril existiu enquanto não teve poder. Serviu para subir na vida, criar um negócio e estabilizar-se profissionalmente.
Quando o teve, conquistando-o com a principal arma democrática, mostrou laivos ditatoriais, amordaçou a oposição, mostrou-se arrogante fazendo orelhas moucas aos discordantes, reprimindo os críticos e ao melhor estilo ditatorial, controlando os media.
Cabe-nos agora usar igualmente o 25 Abril para mudar o estado de coisas.
Pedem-se soluções, alternativas, competência, e o direito ao sonho.